31 março 2012

Monteriggione, uma jóia medieval





No coração da Toscana e protegida por grandes muralhas, Monteriggioni é uma pequenina cidade que mantém praticamente a mesma estrutura da época em que foi construída no início do século 13. 




Sobre uma colina, a cidade tem grande significado arquitetônico e cultural por ter servido como linha de frente dos conflitos entre Siena e Firenze durante a Idade Média. De aspecto medieval, suas muralhas feitas com grandes blocos de pedra e suas 14 torres foram imortalizadas por Dante na Divina Comédia como alegoria ao abismo mais profundo do mundo. 




É uma das edificações medievais mais bem preservadas em toda a Itália, atraindo turistas, arquitetos, historiadores e arqueólogos medievais. Aventurando-se pela cidade, é possível caminhar sobre os muros através de uma passarela de onde se tem uma bela vista panorâmica. 




Monteriggioni é cercada por vinhedos e bem conhecida pela sua produção de vinho Castello di Monteriggioni.




Em poucos minutos pode-se percorrer da entrada até a saída da cidade. Em linha reta, a rua principal liga dois grandes portões: a Porta Fiorentina que se abre para Florença ao norte e a Porta Romana que se abre para Roma ao sul.





Todas as atenções se voltam para a Piazza Roma onde estão a igreja, algumas casas que pertenciam aos nobres locais, restaurantes, lojinhas de artesanato e de vinho. 







Nas imediações da praça principal estão pequenas casas e ruas menores que possuem jardins públicos que garantiam o sustento da cidade em tempos hostis.



Monteriggioni di Torri si Corona


A magia do passado é revivida todos os anos no mês de julho, durante o festival medieval chamado "Monteriggioni di Torri si Corona". 





Criando um cenário perfeito, em trajes medievais a população local desempenha personagens como agricultores, comerciantes, soldados, arqueiros, frades etc apresentando antigas artes e ofícios ao longo da praça e das poucas ruas estreitas.




Há também magos, astrólogos, cantores de baladas, bobos, malabaristas e acrobatas provenientes
de outras cidades. Embora muitas outras cidades tenham festivais semelhantes, este é um dos melhores. A festa é um espetáculo que começa à tarde e termina no meio da noite em dois finais de semana.





A proposta é recriar um autêntico cenário medieval, por isso o visitante deve trocar euros pela moeda antiga local, o "Grosso" que é usado apenas durante a festa. As áreas verdes se transformam em restaurantes com grandes mesas e iluminação com velas.






Comidas e bebidas são servidas ao estilo medieval, sem talheres e em potes de cerâmica. Pelas ruas as barracas vendem produtos típicos e belos artesanatos. O Museo dell'Armatura conta a história do vilarejo e diverte os turistas com as armaduras que podem ser experimentadas. 






Desfiles, coreografias com bandeiras, danças, duelos e lutas entre cavaleiros, encenações, malabaristas e jogos fazem parte da programação. 





Os músicos percorrem as ruas da aldeia com flautas, tambores, antigas gaitas de foles e oboés tocando músicas medievais.




Fora dos muros da cidade, há demonstrações de combate, com cavaleiros e cavalos vestidos a rigor e tiro de canhão. O encerramento da festa é marcado por um belo show pirotécnico.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Agradeço por sua visita e seus comentários

Related Posts with Thumbnails

Seguidores

Related Posts with Thumbnails

Quem sou

Nascida em Belo Horizonte, apaixonada pela vida urbana, sou fascinada pelo meu tempo e pelo passado histórico, dois contrastes que exploro para entender o futuro. Tranquila com a vida e insatisfeita com as convenções, procuro conhecer gente e culturas, para trazer de uma viagem, além de fotos e recordações, o que aprendo durante a caminhada. E o que mais engradece um caminhante é saber que ao compartilhar seu conhecimento, possa tornar o mundo melhor.